domingo, 21 de dezembro de 2008

Próxima temporada em 2009



Próxima (curta) temporada de "Platero e Eu":


Dias 27 e 28 de fevereiro e 01 de março de 2009.


Teatro de Câmara Túlio Piva, Rua da República, Cidade Baixa, PoA.


domingo, 14 de dezembro de 2008

Blog do Platero


Blog destinado à divulgação e debate acerca do espetáculo cênico-musical "Platero e Eu", bem como sobre as atividades da atriz e professora de teatro Taís Ferreira e do violonista e professor de música Thiago Colombo, autores e intérpretes do espetáculo.

Comente o espetáculo!
Tua opinião é importante para nós!
Abçs,

Taís e Thiago

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Entrevista


Confira entrevista nossa com a jornalista Ana Laura Freitas.
Acesse:
http://www.studioclio.com.br/podcastDetalhes.php?id=100

Na foto ao lado: Taís, Ana Laura e Thiago.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sexta-feira no Studio Clio!



PRÓXIMA APRESENTAÇÃO DE PLATERO E EU:

Studio Clio/PoA
Dia 12/12/2008.
20h30min
Informações em:
http://www.studioclio.com.br/atividadesDetalhes.php?id=970

Foto de Daniel Ferreira da Silva.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Vídeos Platero e Eu

Acima VT da primeira temporada de Platero e Eu.

Abaixo, na barra do youtube, gravação de duas cenas do espetáculo: Carnaval e A Ninadora.

Ou acesse:

http://www.youtube.com/watch?v=tN8N_Y3T8jU

http://www.youtube.com/watch?v=qWS_NbQOvME

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

ASNOGRAFIA


ASNOGRAFIA


Leio em um dicionário: ASNOGRAFIA, s.f. dá-se este nome, ironicamente, à descrição dos asnos.
Pobre burro! E és tão bom, tão nobre, tão inteligente! Será que és indigno de uma grave descrição, tu, cuja verdadeira história seria um perfeito conto primaveril?
O homem que fosse bom, deveríamos chamá-lo de asno! O asno que fosse mau, deveríamos chamá-lo de homem!
Ironicamente... Falar de ti, tão espiritual, tão amigo das crianças e dos velhos, dos arroios e das borboletas, do sol e dos cães, das flores e da lua, reflexivo e paciente, melancólico e amável, Marco Aurélio dos campos...
Platero, que sem dúvida alguma compreende, olha-me fixamente com seus olhos vivazes, em cujo fundo brilha o sol, minúsculo e ardente, como num pequenino e convexo firmamento verde-negro. Ah! Se sua peluda e agreste cabeça soubesse que lhe faço justiça, que sou melhor que esses homens que escrevem dicionários, que sou, afinal quase tão bom quanto ele!
E pus à margem do volume: ASNOGRAFIA, s.f. dá-se este nome – com ironia, é claro! – á descrição dos imbecis que escrevem dicionários.

Juan Ramón Jiménez


Juan Ramón Jiménez - POETA



(Moguer, Espanha1881-San Juan, Puerto Rico1959)

Poeta espanhol e prêmio Nobel de Literatura. Nasceu em Moguer (Huelva), e estudou na Universidad de Sevilla. Os poemas de Rubén Darío, o membro mais destacado do modernismo na poesia espanhola, comoveram-no especialmente e sua juventude. A leitura dos simbolistas franceses também lhe foi de grande importância, já que acentuaram sua inclinação para a melancolia. Em 1900 publicou seus primeiros livros de textos: Ninfeas e Almas de violeta. Pouco depois se instalaria em Madri, fazendo várias viagens para a França e logo Estados Unidos, onde se casou com sua companheira de toda a vida, Zenobia Camprubí. Em 1936, ao estouras a Guerra Civil Espanhola, se viu obrigado a abandonar a Espanha. Estados Unidos, Cuba e Porto Rico foram seus sucessivos lugares de residência. Morreria neste último, onde recebeu, já moribundo, a notícia do recebimento do Prêmio Nobel de Literatura.
A obra poética de Juan Ramón Jiménez é muito numerosa, com livros que ao longo de sua vida, no afã de superação, foi repudiando e salvando deles apenas algum poema, quase sempre retocado em suas sucessivas seleções. As suas principais antologia poéticas são: Poesias escolhidas (1917), Segunda Antologia Poética (1922), Canção (1936) e Terceira Antologia (1957). A influencia do modernismo se percebe em seus primeiros livros, ainda que seu mundo poético já tivesse despertado, ele revela o inefável, com poemas compostos a partir de sensações refinadas, repletos de espiritualidade e de sutis estados líricos, a partir de uma linguagem musical.
Mas a arte de Juan Ramón Jiménez se constrói independente de qualquer escola, ainda que o simbolismo continue, assumidamente, a influenciar sua poesia quase até o final de sua vida. Com o passar dos anos, seu estilo se torna cada vez mais depurado, sempre em busca da beleza absoluta, da poesia e do espírito que ele intenta fundir com seu lirismo essencial interior, sem deixar de ser ao memso tempo metafísico e abstrato, como se pode apreciar em Baladas da Primavera (1910) ou em A Solidão Sonora (1911). Diário de um poeta recém casado (1917), escrito durante sua viagem aos Estados Unidos, onde ele conheceu e se casou com Zenóbia, é um dos grandes livros da poesia espanhola. Contém ritmos inspirados pelos ruídos do mar, verso livre, prosa, sugestões humorísticas e irônicas. O livro supõe um canto à mulher, ao mundo marinho e aos Estados Unidos. Seguem Eternidades (1918), Pedra e céu (1919) e um dos pontos mais altos de sua literatura, Estação total, m livro escrito entre 1923 e 1936, ainda que não tenha sido publicado até 1946. A identificação do poeta com a beleza, com a plenitude do real, com o mundo, é quase absoluta. A palavra funde abstração e realidade, e o poeta se converte em “total”, conceito este forjado por Jiménez, que significa a universalidade da poesia. Poeta total é, portanto, para ele, aquele que consegue manter uma comunicação com o universo, conservando, no entanto, sua voz pessoal.
Os escritos em prosa, que formariam posteriormente a vasta galeria Espanhóis de três mundos (1942), começaram a ser publicados em jornais e revistas nos anos imediatamente anteriores ao seu exílio. Outro livro seu escrito em prosa poética, ao qual se deve grande parte de sua fama e reconhecimento universal, é Platero e Eu (1917), no qual se encontram fantasia, lirismo e realidade nas relações entre um poeta e seu burrico. É o livro espanhol traduzido em mais línguas no mundo, junto com Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. Já na América, escreveu os Romances do Coral Gables (1948) e Animal do Fundo (1949). Com estas obras e o poema Espaço, Jiménez alcança o que se convencionou chamar de sua “terceira plenitude”, determinada pelo contato direto com o mar. Em Animal do fundo, o símbolo é expressado através de uma linguagem próxima a uma religiosidade imanente e panteísta. A poesia, entes de ser palavra, é consciência, inteligência que permite ao poeta nomear. O tempo acaba por se fundir com o espaço. O poeta simbolista e romântico, em fase posterior metafísico e puro, são características que configuram a formação de Juan Ramón Jiménez, que finalmente se revela como um visionário metafísico, que mantém uma alta tensão poética a partir de iluminações nascidas na profundeza de sua sensibilidade.

Mario Castelnuovo-Tedesco


Mario Castelnuovo-Tedesco – COMPOSITOR


(
Firenze, Itália, 3 aprile 1895Beverly Hills, EUA, 18 marzo 1968)

Aluno de
Ildebrando Pizzetti, depois de se formar em piano e composição, desde o início de sua carreira foi consenso em toda a Europa. Em 1925, com A Mandrágora, vence um importante concurso de composição e a sua ópera foi representada no Teatro La Fenice di Venezia. Teve como intérprete de suas músicas artistas de renome como Alfredo Casella, Arthur Gieseking, Jascha Heifetz, Gregor Piatigorsky e Andrés Segovia.
Vindo de uma família judia, em 1939 foi obrigado a deixar a Itália devido ao regime fascista e se transfere com a família para os Estados Unidos, onde se afirmou como autor “fantasma” de trilhas sonoras para Hollywood, pois pouquíssimas de suas composições foram creditadas a ele, mas firmou-se como importante professor de composição, tendo entre seus alunos nomes como
Elmer Bernstein, Jerry Goldsmith, Henry Mancini, André Previn, entre outros.
Em
1958 vence o Concurso Campari com a ópera O Mercador de Veneza, que foi representada no Maio Musical, sob direção de Gianandrea Gavazzeni.
Dotado de uma veia melodica riquíssima e fluente, Castelnuovo-Tedesco trabalhou sobretudo no campo da música vocal: “Escrevi uma grande quantidade de melodias vocais na minha vida; publiquei cento e cinqüenta para não falar de quantas estão ainda inéditas na gaveta) e as compus em todas as línguas que conheço – italiano, francês, inglês, alemão, espanhol, latim. A minha ambição, e acima disto, minha urgência profunda, sempre foi unir a minha música aos textos poéticos que despertaram meu interesse e minha emoção, para resultar em uma expressão lírica”.
Compositor culto e refinado, musicou autores como
Cavalcanti, Petrarca, Vogelweide, Cervantes, Shakespeare, Lorca, Whitman e Jiménez. A sólida preparação técnica permite-o ter um domínio absoluto da forma e do contraponto. No segundo pós-guerra, foi criticado asperamente por sua linguagem conservadora, ligada em igual medida ao romantismo tardio do século 18, ao impressionismo e ao folclore espanhol. Hoje é lembrado, sobretudo, por sua produção de composições para violão, instrumento ao qual se dedicou com a maior atenção durante toda sua vida, e que lhe presenteou com suas páginas mais inspiradas e autobiográficas.
ComposiçõesCastelnuovo-Tedesco foi um autor muito prolífico. No curso de sua carreira escreveu, entre outras, seis óperas líricas, cinco oratórios, onze aberturas para diversos textos shakesperianos, quatro ballets, concertos para piano, violão, violino, violoncelo, harpa e oboé, além de mais de cem composições para piano e outras tantas para violão, mais de cem composições corais, quase quatrocentas composições vocais e um grande número de composições camerísticas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Crítica

Antônio Hohlfeldt
cultura@jornaldocomercio.com.br

4/4/2008 - Jornal do Comércio

Poema de Jimenez vira espetáculo

Às vezes duvido que a platéia de Porto Alegre seja uma das melhores do País. Talvez a tevê a esteja tornando ruim. Platero e eu (1914), do poeta espanhol Juan Ramon Jimenez, Prêmio Nobel de 1956, na recriação musical que Maria Castelnuovo-Tedesco lhe fez após sua morte, em 1960, deveria receber mais atenção por parte de nosso público.Fui assistir ao espetáculo no Teatro de Arena. É uma pequena obra-prima. A forma de recitativo, comum ao tempo de Jimenez, foi devidamente recuperada por Castelnuovo-Tedesco, um dos grandes compositores espanhóis da modernidade, de sorte que temos aqui um duplo poema: o texto do escritor e a pauta do compositor.Que magnífica iniciativa esta de Taís Ferreira (narradora) e Thiago Colombo (violonista) ao buscarem uma obra, duplamente esquecida, para revelá-la ao público porto-alegrense. Confesso minha ignorância: quando, em janeiro, soube do espetáculo, imaginei uma "adaptação" do texto à cena e tremi. Ao assistir ao trabalho, vi, no programa, uma obra autônoma, reunindo texto e música. Um primor.A seleção dos capítulos-poemas de Jimenez foi alterada em relação ao texto original. Constrói-se, assim, uma outra narrativa. Taís Ferreira esmera-se em dar certa tonalidade, entre dramática e lúdica, ao texto: foi prejudicada, na noite em que assisti ao trabalho, pela sala que ecoava demasiadamente, pela falta de público. Mas é uma grande intérprete. Tem garra, emoção e convicção. O violonista Thiago Colombo é impecável. Juntos, mais os figurinos de Raquel Cappelletto e a iluminação de Fernando Ochôa, permitiram-nos um momento de suspensão do cotidiano e uma volta à sensibilidade, a um tipo de diálogo hoje quase impossível, em que a gente mergulha em si mesmo, reencontra as simbologias dos animais domésticos que nos acompanhavam (felizmente) e assim nos encontramos a nós mesmos.O espetáculo não merece qualquer senão. Seu ritmo é permanente e equilibrado. Taís Ferreira encara o espectador, estabelece com ele uma empatia eficiente. Sua emoção passa a cada um. Ao mesmo tempo, dialoga com o musicista e revive o asno Platero, idealizado por Juan Ramon Jimenez.Platero e eu é desses momentos de exceção para o espetáculo cênico. Nele, tudo está exato e equilibrado. E a gente simplesmente se deixa embalar pelo trabalho. Não sei se existe alguma gravação desta composição (Opus 190), mas em espanhol o texto deve ter ainda maior poesia, porque deve ter valorizado as palavras de Jimenez, que era poeta, aproximando-o da música de Castelnuovo-Tedesco. Recomendo emocionadamente este trabalho impactante. É dos que, quando acabam, a gente lastima. Parabéns a toda a equipe: primeiro, pela iniciativa. É disso que a cena artística precisa. Criatividade, ousadia, quebra de paradigmas e revelação de obras. É desses espetáculos que nos marcam e se tornam sempre um referencial.

Próxima apresentação:

Studio Clio/PoA
Dia 12 de dezembro de 2008.
20h30min
Informações em:
http://www.studioclio.com.br/atividadesDetalhes.php?id=970


Pessoal,
a opinião de quem assistiu ao espetáculo é muito importante!
Comentem e colaborem conosco!
Abraços,
Taís e Thiago

Acessando Taís


Para ler textos de Taís Ferreira na WEB:

Múltiplas linguagens: as crianças do teatro à internet
http://www.revista.art.br/site-numero-02/trabalhos/04.htm


As infâncias no teatro para crianças
http://www.revista.art.br/site-numero-01/apresentacao.htm


Estudos culturais, recepção e teatro: uma articulação possível?
http://www.revistafenix.pro.br/vol9taisferreira.php


Infâncias e estereótipos
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=3080


Para adquirir livro "A escola no teatro ou o teatro na escola", enviar e-mail ou acessar:
www.editoramediacão.com.br
http://www.editoramediacao.com.br/detalhes_livro.php?id=108

Acessando Thiago

CD Trezegraus



CD Reminiscências

CD Sonata

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Taís


Taís Ferreira é atriz, professora de teatro e pesquisadora. Iniciou seus trabalhos com teatro quando criança com o Grupo Teatral Orelhas de Abano, de Bento Gonçalves. É bacharel em Artes Cênicas e mestre em Educação pela UFRGS. Exerceu atividade docente com crianças, adolescentes e adultos em diferentes projetos sociais, além da função de dramaturga em espetáculos diversos. Foi professora do Departamento de Arte Dramática da UFRGS, do curso de Formação de Atores da UCS, professora assistente do curso de Artes Cênicas do Centro de Artes e Letras da UFSM e a partir de 2009 será professora assistente História do Teatro no Instituto de Artes e Design da UFPel/Pelotas/RS. Suas pesquisas voltam-se para o teatro infantil e a recepção teatral, temáticas acerca das quais tem diversas publicações no Brasil e exterior. Em 2007 publica o livro de sua autoria intitulado A escola no teatro e o teatro na escola, pela Editora Mediação, de Porto Alegre. Integra a Cia Torta, de Porto Alegre, no espetáculo de teatro de rua O Pastelão e a Torta, durante os anos de 2007 e 2008.

FICHA TÉCNICA



FICHA TÉCNICA


Texto: Juan Ramón Jiménez (1881-1959)
Título original 1ª edição: Platero y Yo (1914)
Narradora: Taís Ferreira

Composição: Mario Castelnuovo-Tedesco (1895-1968)
Título original composição: Platero y Yo, op. 190 (1960)
Violonista: Thiago Colombo

Figurinos: Raquel Cappelletto
Concepção iluminação: Fernando Ochôa
Operação luz: Fernando Ochôa e Fernando Pecoits
Programação gráfica: Daniel Ferreira da Silva
Fotografias: Daniel Ferreira da Silva e Kiran
VTs: Catraca Filmes
Gravação DVD: Estúdio Móvel
Produção e divulgação: Taís Ferreira

Thiago


Thiago Colombo é bacharel e mestre em Música pela UFRGS. Iniciou seus estudos de música aos 6 anos de idade e aos 11 fez seu primeiro recital solo. Entre 1996 e 2005 acumulou diversos prêmios em concursos nacionais e internacionais no Brasil, Argentina, Portugal e Espanha. Em 1999, aos 17 anos, viajou à Rússia onde foi solista frente à Orquestra Sinfônica da Udmurtia. Trabalha regularmente como concertista, professor e palestrante em vários festivais de música do Brasil, Argentina e Uruguai. Fez diversas gravações para redes de rádio e televisão brasileiras e argentinas. Seu primeiro CD solo, intitulado Sonata, recebeu três prêmios Açorianos de música nas categorias revelação, melhor instrumentista erudito e melhor disco erudito do ano de 2003, sendo assim um recorde de premiações na área de música erudita. Reminiscências, seu segundo disco, lançado em 2006, é dedicado a obras de compositores latino-americanos e foi indicado ao prêmio Açorianos de melhor instrumentista. Foi professor no Instituto de Artes da UFRGS e na EST, em São Leopoldo, e partir de 2009 será professor assistente de violão e harmonia no Conservatório de Música da UFPel/Pelotas/RS.


Acessem para maiores informações sobre a carreira e os trabalhos de Thiago:

Estréia no Teatro de Arena de Porto Alegre



Estreou em março de 2008, no Teatro de Arena de Porto Alegre, a primeira montagem cênica em português do clássico para violão e narrador Platero e Eu. A obra foi composta em 1960 pelo italiano Mario Castelnuovo-Tedesco, a partir dos poemas em prosa do espanhol Juan Ramón Jiménez. A publicação do livro Platero e Eu, datada de 1914, foi um marco na carreira de Jiménez, popularizando-o mundialmente. Em 1956, ele foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura. Gerações encantaram-se com as historietas contadas por um poeta acerca de sua relação de amizade e cumplicidade com um burrico chamado Platero. Os pequenos poemas em prosa são repletos de metáforas e oníricas imagens que evocam sons, odores e sensações de extremo lirismo e encanto. Castelnuovo-Tedesco, inspirado pela beleza da poesia de Jiménez, compõe uma obra para violão solo a partir de alguns destes poemas, aliando a possibilidade das músicas serem executadas conjuntamente com o texto do autor, na voz de um narrador. Assim sendo, a proposta deste recital cênico-musical é apresentar ao público brasileiro a primeira versão de Platero e Eu em português, através do trabalho de dois intérpretes: o violonista Thiago Colombo e a atriz Taís Ferreira. O projeto apresenta 11 músicas acompanhadas de narração. O feliz encontro entre literatura, música e teatro faz de Platero e Eu um momento único no campo das artes porto-alegrenses, em um espetáculo delicado, poético e que conta com o público como seu cúmplice ao acompanhar as efemérides cotidianas da vida do pequeno burrico Platero.
Fotografias nos altos do Viaduto da Borges por Daniel Ferreira da Silva.