Rádio da UFRGS Música em Pessoa,
acessem:
http://programamusicaempessoa.blogspot.com/2009/12/thiago-colombo.html
 Neste domingo, dia 6 de dezembro, o violonista Thiago Colombo é o entrevistado do Música em Pessoa, que vai ao ar às 11h, pela Rádio da Universidade (1080 AM). Ele reflete sobre sua trajetória, desde o primeiro contato com a música, através do pai acordeonista, passando pelo palco dos festivais nativistas, por uma formação básica híbrida com seu primeiro professor – ainda na pequena Farroupilha –, pelas viagens mensais à Argentina para ter aulas com o violonista Eduardo Isaac e pela experiência acadêmica dentro da UFRGS. Para ilustrar a conversa, faixas de seus dois discos solo, Sonata e Reminiscências, e do recém lançado Trezegraus, do grupo homônimo que Colombo integra ao lado de Aninha Freire (contrabaixo), James Liberato (guitarra), Luiz Jakka (percussões).
 (guitarra), Luiz Jakka (percussões).
Thiago Colombo é bacharel e mestre em Música pela UFRGS e, atualmente, trabalha como professor do Conservatório de Música da UFPel. Entre 1994 e 2005, foi aluno particular do violonista argentino Eduardo Isaac e, entre 1998 e 2005, foi premiado em concursos no Brasil, na Argentina, em Portugal e na Espanha. Estreou obras dos compositores Fernando Mattos, Januibe Tejera , Daniel Wolff e Edino Krieger e tem atuado como solista junto às principais orquestras do estado. Nos últimos anos, tem trabalhado como concertista, professor e palestrante em vários festivais de música do Brasil, da Argentina e do Uruguai. Além disso, Thiago lançou três CDs pelo Fumproarte: dois discos solo, Sonata (2003), que recebeu três prêmios Açorianos de música, e Reminiscências (2006), e o recente Trezegraus (2009), com o grupo homônimo de música instrumental brasileira.
, Daniel Wolff e Edino Krieger e tem atuado como solista junto às principais orquestras do estado. Nos últimos anos, tem trabalhado como concertista, professor e palestrante em vários festivais de música do Brasil, da Argentina e do Uruguai. Além disso, Thiago lançou três CDs pelo Fumproarte: dois discos solo, Sonata (2003), que recebeu três prêmios Açorianos de música, e Reminiscências (2006), e o recente Trezegraus (2009), com o grupo homônimo de música instrumental brasileira.
O Música em Pessoa é um programa de entrevistas permeadas por música que tem o objetivo de abrir espaço para a divulgação da produção de alunos, professores e egressos do Departamento de Música do Instituto de Artes da UFRGS. O projeto é coordenado pelo compositor Dimitri Cervo. O programa tem produção de Miguel Canabarro, apresentação de Ana Laura Freitas e vai ao ar semanalmente, sempre aos domingos, às 11h.
A Rádio da Universidade (1080 AM) também pode ser ouvida pela internet, em www.ufrgs.br/radio. Sugestões e críticas podem ser encaminhadas para o e-mail miguel.canabarro@ufrgs.br. As edições anteriores do programa estão disponíveis no blog do Música em Pessoa: http://programamusicaempessoa.blogspot.com.

 
LANÇAMENTO EDUFAL NA IV BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE ALAGOAS:
ESCRITOS METODOLÓGICOS: 
POSSIBILIDADES NA PESQUISA CONTEMPORÂNEA EM EDUCAÇÃO
Taís Ferreira 
Shaula Maíra Vicentini Sampaio
 (organizadoras)
Maria Lúcia Castagna Wortmann
Karla Saraiva 
Mirtes Lia Pereira Barbosa
Rodrigo Saballa de Carvalho
Ana de Medeiros Arnt
Anelise Scheuer Rabuske
Fátima Hartmann
Iara Tatiana Bonin
George Saliba Manske






Coluna Música - publicada no site http://www.artistasgauchos.com.br/
O título é um palíndromo e super pertinente ao espírito deste espetáculo. Explico. Assisti ‘Platero e Eu’ no seu período de estréia, talvez na sua quarta ou quinta apresentação, - entre 21 de março e 13 de abril de 2008, no Teatro de Arena de Porto Alegre, ali nos altos da Borges de Medeiros - e na época pude perceber que na aparente simplicidade e enxutez da sua produção técnica (uma luz pontual, um figurino básico, dois artistas em cena e num espaço cênico pequeno) um desafio bastante complexo e sutil delineava-se no projeto.
 ‘Platero e Eu’ propõe-se um espetáculo lírico que conta, através  da atuação cênica e da música ao vivo, as aventuras de uma amizade incondicional  entre um poeta e um burrico de nome Platero e ambos percorrem pradarias, rios,  vilarejos e vários ambientes bucólicos da Andaluzia na Espanha. Doce, poético,  melancólico e nostálgico é também forte e envolvente ao agregar música, teatro e  literatura.
Insatisfeito com as inquietações geradas pelo primeiro  contato com o espetáculo decidi então marcar um bate-papo com a atriz-narradora  Taís Ferreira e o violonista e também executor da trilha musical ao vivo, Thiago  Colombo, ambos também responsáveis pela iniciativa do trabalho.
Segundo  os artistas, dos 138 poemas em prosa originais de Juan Ramón Jiménez (1881 –  1959) cujo título é Platero y Yo, apenas 28 foram musicados por Mario  Castelnuovo-Tedesco (1895 -1968) divididos em quatro blocos de  sete, num formato melólogo para narrador e música - formato  este originário da tragédia grega e não mais usual hoje em dia – o qual  pretendia que fosse apresentado pelo violonista Andrés Segovia e com narração de  José Ferrez. Infelizmente devido à sua morte Castelnuovo-Tedesco não pode ver  seu sonho de estréia desta obra se concretizar.
A obra que Mario  Castelnuovo-Tedesco compôs intitula-se Platero y Yo, para narrador y  guitarra, op.190 (1960) e dos 28 poemas musicados, após seis meses de  estudo e ensaio, apenas onze quadros foram selecionados por Taís e  Thiago: platero, amizade, a ninadora, carnaval, a tísica, as andorinhas,  ronsard, o louco, brincadeiras ao anoitecer, a morte e melancolia.
Caso  a platéia deste espetáculo se proponha a escutar com os olhos e enxergar com  os ouvidos fica perceptível um aliciamento constante dos sentidos desta,  numa luta silenciosa onde música e narração – leia-se ação cênica –  problematizam a atenção e sutilmente a conduzem. E por que dito deste modo? No  contato com a partitura de Tedesco já na primeira cena (Platero - em compasso  composto doze por oito) – bem como em todas as outras – percebe-se que o texto  poético de Jímenez é cuidadosamente pontuado prosodicamente por Tedesco para  fins narrativos, agregando a este uma ambientação sonora que reforça, contrasta  ou contextualiza a dramaticidade textual do quadro cênico que será ou está sendo  apresentado. Na versão de Taís e Thiago “em muitos momentos eu conduzo a música,  em muitos a música me conduz” diz a atriz. O texto narrativo, por sua vez flui  com mais independência prosódica não se prendendo tanto à partitura. Ou seja,  para ambos a escolha interpretativa coloca “em pé de igualdade música e teatro –  teatro e música”. Para Thiago seis meses de ensaio serviram para um estudo  minucioso da fluidez nesta “matemática bruta do encaixe entre texto narrado e  música”.   A música não é apenas algo para acompanhar o ator! E será esta a  função da música de cena? “Não basta à música de cena ilustrar uma situação  dramática a partir dos elementos fornecidos pela narrativa verbal. É preciso que  ela explore os diferentes ângulos e que interfira com suas qualidades  específicas na encenação como um todo...” nos lembra o compositor Lívio  Tragtemberg no seu livro Música de Cena.
Para os artistas esta escolha  recaiu numa escuta mútua em cena onde ambos trabalham acima dos cem por cento, o  tempo todo, e de quebra se permitem defasagens e retardos na fluidez do  espetáculo, atingindo assim a aquisição de um ritmo próprio, um pulso mútuo  nesta respiração sempre aprimorada em cada apresentação.
É exatamente  aqui que a meu ver reside o desafio e o mérito maior deste projeto. Ao invés de  simplesmente narrar e se “ajustar” à partitura criada por Tedesco, ambos Taís e  Thiago ousam ao optar pelo caminho inusitado e imprevisível da exposição onde a  demarcação do ritmo cênico e musical não se restringe a uma partitura, apenas se  referencia nesta e a partir daí o extrapola através do exercício puro da atuação  e do aprimoramento deste pulsar mútuo.
Ao rever este espetáculo na curta  temporada deste ano no Teatro de Câmara Túlio Piva (28 de fev. a 1º. de março)  pude reforçar as impressões que tive na estréia: o diálogo cênico perceptível no  equilíbrio entre o volume entoativo na fala da atriz e no violão do músico, as  camadas de dramaticidade contrastando e ambientando-se mutuamente e finalmente a  respiração dos artistas no transcorrer do espetáculo possibilitando vislumbrar o  personagem maior de todo o trabalho – o Platero, sua presença e docilidade  fortemente visíveis no imaginário de quem estava na platéia.
Como toda  trilha bem elaborada, no transcorrer do espetáculo os pontos de escuta se  deslocam no plano narrativo, e neste sentido, mesmo adaptada, a obra de Tedesco  não perde tal intenção. Dois quadros contrastam significativamente neste  aspecto: a cena das andorinhas e a do louco. Nas  andorinhas o plano de luz, a exposição temática do violão e a  combinação tímbrica do tom de voz da atriz agregam funções que num plano  vertical geram uma sensação polifônica de escuta deslocando a percepção auditiva  em determinados momentos para um território de escuta ‘desatenta’, entretanto  está tudo ali acontecendo simultaneamente. Na cena do louco este  procedimento é potencializado pela ação cênica de ambos artistas, pois a  intensidade e os volumes sonoros conflituam favoravelmente a percepção da  platéia desencontrando o foco sobre  a quem deve-se atentar.
De quebra a  trilha executada ao vivo nos permite a escuta e o contato com o processo  criativo e composicional de um artista que entendia muito bem do riscado, pois  além de autor de mais cem obras para violão e que ironicamente era pianista,  Castelnuovo-Tedesco transforma literalmente o violão numa potente orquestra  explorando com sabedoria as tessituras e recursos tímbricos que o instrumento  possibilita a um compositor de sólida formação. Mesmo não tendo seguido a  carreira de compositor de trilhas para cinema sua concepção musical iluminou a  criação de outros alunos seus: Jerry Fielding, Jerry Goldsmith (L.A  Confidential), Henry Mancini (Pantera Cor de Rosa) e John Williams atual  parceiro de Steven Spielberg.
Conforme falei lá no início. É um  espetáculo que permite “RETER E REVER PARA PREVER E  RETER”.
Felipe Azevedo é compositor e violonista, premiado com 5 prêmios Açorianos, além de prêmios em festivais locais e nacionais. Licenciado em Música (Centro Universitário Metodista – IPA) e Letras (PUC), o músico também estudou Harmonia, Contraponto e Forma e Análise com Fernando Mattos; Harmonia e Improvisação com Cristiano Kotlinski; técnica violonística com Eduardo Castañera e atualmente recebe Orientação Vocal aplicada ao seu trabalho de compositor com Lúcia Passos. Com 03 álbuns lançados Felipe está em fase de finalização de seu novo CD – Tamburilando Canções – Felipe Azevedo – Violão com Voz, prêmio FUNARTE – RJ.felipaz@terra.com.br www.felipercussive.blogspot.com 

